quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

(Más) Impressões

Sujo, feio, fedido. Meros adjetivos para definir a péssima qualidade do meu novo local de trabalho.
Já considerava um entrave à minha pouca sanidade trabalhar na Praça da República,mas depois que me foi apresentado o prédio da empresa na Praça Alfredo Issa, me senti vítima de uma brincadeira de mau gosto.
Elevadores de aparência questionável (para ser educado), um refeitório que, apesar de grande, não oferece conforto algum, um sistema de trabalho falho, fraco e lento.

Sem mencionar a falta de segurança!

Os elevadores são pessimamente cuidados, e alguns chegam a me fazer pensar em queda livre. O fumódromo está interditado, pois o teto está ruindo, com blocos de concreto no chão. E os seguranças propriamente ditos (que são poucos) nem fazem questão de ver se quem entra tem o crachá da empresa, já que não há catraca ou porta magnética ou coisa parecida. Eu mesmo já fui e voltei várias vezes na frente deles e meu crachá não saiu do bolso (detalhe: era a primeira vez que eles me viam). Se brincar, dá até para entrar armado.
A escada de incêndio estava com infiltração até ontem, e hoje foi dose aguentar o cheiro de tinta fresca no andar onde todos comem.
Aliás...tópico interessante esse da comida. Não espere conseguir usar o refeitório para refeições: ele é um, e o prédio tem 20 andares, com pelo menos 100 pessoas cada. E sempre os horários de pausa tem minutinhos de diferença entre as operações.
Não contente, contei seis microondas, e, ao contrário do que possa parecer, é pouco. As filas para esquentar a marmita são piores que Pacaembú em dia de clássico.
"Tudo bem", um poderia pensar, "deixa que eu como depois". Só que "depois", a comida azedou. Ou você acha que tem geladeira para guardar a comida sem estragar?

Isso tudo por dentro, já que fora, o lugar melhorzinho para comer é um botequim na Av. Cásper Líbero, e só. De resto, temos a imponente presença da Cracolândia na rua de trás, e do DEIC na Av. Ipiranga, logo em frente.

A fachada do prédio está descascando, parecendo coisa abandonada, velha. E nem pensem em achar o endereço: o número do local e o logotipo da empresa estão tão bem escondidos que nem mesmo eu consegui achá-los até agora.
Até parece que trabalho na clandestinidade, e que a Polícia Federal poderia entrar atirando e levar todo mundo em cana. Mas não...eu tenho registro em carteira.

E olha que tem gente que ainda me acha ingrato de pedir para que me mandem embora. Mais do que a boladinha que tenho para receber, só o fardo de aguentar esse local já saindo dos meus ombros já seria a maior recompensa.

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